O combate dos chefes

A corrida deste domingo 24 de julho no Hungaroring, arredores de Budapeste, não é apenas marco histórico para a pista inaugurada em março de 1986 com o primeiro GP de Fórmula 1 disputado no outro lado da antiga cortina de ferro. A 11.ª prova do Mundial de 2016 é também o arranque simbólico da segunda metade da época e tem todas as condições para oferecer novo episódio do ‘combate dos chefes’ em que, sem surpresa, está transformado o campeonato.

Separados por 1 ponto depois de Silverstone e da penalização aplicada ao piloto alemão, Nico Rosberg e Lewis Hamilton ganharam, em conjunto, 9 das dez corridas e só não fizeram o pleno porque tiveram encontro imediato após a 1.ª curva do GP Espanha e permitiram o triunfo do miúdo Verstappen.

Como sabemos, os episódios de ‘má vizinhança’ não terminaram com essa autoeliminação em Montmeló. Houve outro arrufo na Áustria – com vantagem para Hamilton -- e a intervenção posterior dos responsáveis da Mercedes, ameaçando a imposição de ordens de equipa deixou tudo no… limbo. Na próxima situação complicada, e ela vai acontecer, ninguém espere que os dois pilotos dêem exemplos de cortesia. Ambos querem ganhar; ambos vão encontrar justificação para não levantar o pé ou para manter determinada trajectória.

É neste cenário que o campeonato avança para Hungaroring, circuito que, diz a teoria, dizem os resultados mais recentes e diz também Toto Wolff, director da equipa Mercedes, não é propriamente um recreio para os ‘flechas de prata’. Às dificuldades colocadas pelas características da pista magiar junta-se o ambiente de ‘guerra fria’ entre os dois pilotos, sendo ainda importante acrescentar a teórica superioridade dos Red Bull de Max Verstappen e Daniel Ricciardo. "Não podemos ter falhas ao longo do fim-de-semana. É a única maneira de terminarmos no topo da classificação", avisou Wolff. Estarão os chefes disponíveis para ouvir? A resposta é conhecida dia 24. 

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